Quem somos
Quem somos
Em 1986, Agnes atendeu ao pedido de sua amiga Beatriz de dar à sua filha Laura a mesma formação musical que Agnes recebeu em casa. Depois que aceitou o desafio, Agnes tratou de pedir ajuda à sua mãe, Maria Eunice. Afinal, era esta a fonte viva de todo o seu conhecimento. Vendo como ela ensinava a pequena Laura, Agnes foi revisitando suas memórias de criança e compreendendo o caminho musical que (sem o ela) vivenciou. Aprender a ensinar era reaprender a aprender. Para surpresa de todos, após 4 meses, a Laura começou a cantar, mesmo antes de falar. A pequena trouxe a confirmação de que esse era o caminho que Agnes seguiria com a sua música. Aqui, nasce a Escola de Música Agnes Moço. Naquele momento, sabia o que vinha fazer no mundo e estava recebendo o desafio de desenvolver os talentos.
Ela precisava aperfeiçoar os caminhos que levariam às crianças de diferentes idades que respondessem com a rapidez da Laura e dos seus amiguinhos de turma. Muito rapidamente entendeu que era preciso fazer com que a música saísse das partituras e entrasse no corpo, nos gestos, nas relações das crianças. E assim, aos poucos, foram criando recursos para trabalhar a musicalização, jogos, diálogos, rituais e brincadeiras que criassem mais conexão da criança com ela mesma, com o crescimento dela, com a nutrição, com os estímulos externos e com a conexão com o outro e com o meio. As bases pedagógicas da Escola de Música Agnes Moço nasceram da percepção das habilidades dos bebês em imitar gestos, sílabas e sons. E, também, da naturalidade com que recebem a música através da melodia das palavras, e não do seu significado.
Agnes diz: “Eles são assim! Se você tirar um bebê de um país e colocar em outro, em três meses ele estará falando o idioma local. Os bebês aprendem pelo som. Isto é música. Portanto, se a linguagem pode ser conquistada com esta clareza, oferecer a música a partir dos oito meses, lá em 1986 – pois hoje começo com alunos de apenas seis meses –, foi significativo para manter aguçado este estado fundamental de escuta, percepção, entendimento dos códigos. A forma como as palavras são ditas, a intenção, a velocidade, o peso, tudo isto é mapeado pelos pequeninos ainda muito cedo. Com o passar do tempo, admirados com o conhecimento do significado das palavras, começam a abolir o lado musical, como se não fosse mais necessário se guiar através desta ferramenta maravilhosa que é a música das palavras. Assim, como os pequenos, todos nós temos a musicalidade como universo. Eu mergulhei nessa investigação e me dediquei a construir o meu próprio método de trabalho.”
Estrearam no teatro Profissional três musicais infanto-juvenis, frutos do trabalho de Agnes Moço e de Marcelo Morato: “Contos & Cantigas Populares”; “Den-Bau” (segunda versão) e “Todo Mundo Tem, Todo Mundo É”. Os três espetáculos foram reconhecidos pela crítica, e o primeiro recebeu diversas indicações para os prêmios Mambembe e Coca -Cola, de 1998, tendo sido vencedor nas categorias “Prêmio Especial pela Concepção” e “Um dos Cinco Melhores espetáculos do Ano” (Mambembe), e “Reconhecimento pelo Conjunto da Obra” (Coca-Cola), para Agnes Moço.
